
A descoberta de um disco rígido com arquivos considerados perturbadores reacende a principal linha de investigação no desaparecimento de Madeleine McCann, 18 anos após a menina britânica ter sido vista pela última vez, em maio de 2007, na Praia da Luz, em Portugal. O equipamento foi encontrado pelas autoridades alemãs em uma antiga fábrica de caixas comprada por Christian Brueckner, principal suspeito do caso.
O HD, somado a outros elementos encontrados no local — como roupas de banho infantis, brinquedos, bicicletas pequenas, máscaras, armas ilegais, éter e clorofórmio — reforça a tese de que Madeleine teria sido sequestrada e morta. Os investigadores consideram o espaço um esconderijo preparado com finalidades criminosas.
Essa não é a primeira vez que Brueckner, que já cumpre pena de sete anos por estupro, é alvo de buscas. Em 2016, outra propriedade ligada a ele revelou um acervo de 8 mil arquivos com imagens de abuso infantil, armazenados em dispositivos enterrados junto ao corpo de um cachorro. Os arquivos incluíam histórias sobre sequestros e conversas com outros criminosos sexuais.
Um informante relatou que Brueckner teria feito uma confissão indireta em 2008, ao dizer, durante um festival na Espanha, que a menina “não gritou”. Mesmo com as evidências, ele nega envolvimento com o caso.
Promotores alemães afirmam haver fortes indícios de que Brueckner matou Madeleine, embora ainda faltem restos mortais que comprovem o crime de forma definitiva. A libertação dele está prevista para ainda este ano, o que pressiona as autoridades a concluir a investigação.
Enquanto isso, os pais de Madeleine seguem em busca de respostas. Em comunicado recente, agradeceram o apoio contínuo de entidades e cidadãos, e reforçaram a esperança de, enfim, entender o que realmente aconteceu com a filha.