
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (5), a Operação Rescaldo para investigar crimes eleitorais em Cuiabá e região metropolitana. Entre os alvos da ação está o vereador Chico 2000 (PL), atualmente afastado do cargo, suspeito de compra de votos durante as eleições municipais de 2024.
Segundo informações da PF, a apuração teve início a partir de denúncias que apontam que o parlamentar teria oferecido vantagens indevidas a eleitores em troca de apoio político no pleito do ano passado. Como parte da operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao vereador nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. Documentos e outros materiais foram recolhidos e devem auxiliar nas investigações.
Até o momento, Chico 2000 não se manifestou publicamente sobre as acusações. Se as denúncias forem confirmadas, ele poderá responder por crimes eleitorais, incluindo a compra de votos, com penas que podem chegar a cinco anos de prisão.
O vereador já estava afastado da Câmara Municipal desde 29 de abril, por decisão judicial no âmbito da Operação Perfídia. Essa investigação apura um esquema de propina para aprovar um projeto que beneficiou a empresa HB20 Construções, responsável pelas obras do Contorno Leste da capital. Na ocasião, Chico 2000, então presidente da Câmara em 2023, teria autorizado o colega Sargento Joelson (PSB) a negociar o pagamento de R$ 250 mil para viabilizar a proposta, que permitiu a renegociação de dívidas da prefeitura e a liberação de recursos.
Mesmo afastados, Chico 2000 e Sargento Joelson conseguiram na Justiça o direito de continuar recebendo os salários de R$ 26 mil mensais, sem exercer suas funções. A decisão provoca impacto financeiro na Câmara e deve ser contestada pela presidência da Casa.
A Polícia Federal segue com as investigações e novas diligências não estão descartadas.
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