
O Irã lançou na noite deste sábado (14) uma nova ofensiva de mísseis e drones contra Israel, em um dos ataques mais intensos desde o início da recente escalada militar entre os dois países. A ação foi uma resposta direta ao bombardeio israelense que, na madrugada anterior, atingiu instalações nucleares, alvos militares e cientistas iranianos.
De acordo com autoridades de defesa israelenses, o sistema antimísseis Domo de Ferro conseguiu interceptar a maior parte dos projéteis lançados, mas alguns mísseis conseguiram ultrapassar as defesas e atingiram áreas civis. Pelo menos uma pessoa morreu na região de Haifa e 13 ficaram feridas, duas delas em estado grave. Em Tel Aviv, um prédio residencial foi parcialmente destruído e houve incêndios em outras localidades.
O ataque iraniano, batizado de “Operação Promessa Verdadeira III”, incluiu dezenas de mísseis balísticos e veículos aéreos não tripulados. As bases de lançamento estariam localizadas nas cidades de Shiraz, Qom e Lorestan, segundo fontes da inteligência israelense.
Logo após o ataque, a Força Aérea de Israel respondeu com bombardeios a alvos militares estratégicos em Teerã, incluindo depósitos de petróleo e centros de comando. Imagens divulgadas por canais de notícias internacionais mostraram o céu de Israel iluminado pelas interceptações do Domo de Ferro, enquanto explosões em Teerã marcaram o início da retaliação israelense.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que o país continuará reagindo de forma contundente a qualquer novo ataque iraniano. “Se Teerã insistir em continuar com essa agressão, a resposta de Israel será ainda mais devastadora”, declarou.
A tensão entre os dois países aumentou drasticamente nos últimos dias. O ataque israelense de sexta-feira foi considerado um dos maiores já realizados contra o território iraniano. O Irã, por sua vez, prometeu novas respostas caso Israel continue com as ofensivas.
Enquanto isso, civis israelenses passaram a noite em abrigos antiaéreos. O governo mantém o alerta máximo em todo o território, principalmente nas cidades de Tel Aviv, Jerusalém e Haifa, que foram os principais alvos da última leva de mísseis.
Analistas internacionais alertam que a escalada pode envolver outros países da região e transformar o confronto atual em um conflito de maiores proporções, com risco de envolver aliados de ambos os lados.