
Os 11 vereadores de Chapada dos Guimarães realizaram, nesta segunda-feira (16), um protesto cobrando a retomada das obras de retaludamento na MT-251, na região conhecida como Portão do Inferno. O trecho, um dos principais acessos entre Cuiabá e Chapada, está parcialmente interditado desde dezembro de 2023 por risco de desabamento de rochas.
Durante o ato, os parlamentares vestiram camisetas com a frase “Obra parada e sem transparência, povo penalizado” e estenderam faixas no local das obras. Eles criticam a lentidão do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), e cobram transparência sobre os prazos para a conclusão do serviço.
Segundo o presidente da Câmara, vereador Zé Otávio (PL), a situação tem provocado aumento no custo de vida, isolamento de moradores e prejuízo ao comércio local. “Os caminhões pesados não podem passar. Quem depende dessa estrada para trabalhar ou para o abastecimento da cidade está pagando a conta desse descaso”, afirmou o parlamentar.
A vereadora Ângela Brito também reforçou o impacto sobre o turismo e o comércio, destacando que a economia local sofre com a redução de visitantes e a dificuldade de abastecimento. “Chapada está perdendo o brilho. Municípios vizinhos como Planalto da Serra, Campo Verde, Nova Brasilândia e Paranatinga também estão sendo afetados. Estamos à mercê aqui na nossa cidade”, desabafou.
Durante a visita ao local das obras, os vereadores encontraram apenas cerca de 10 operários, com um trator parado e poucas atividades em andamento.
A vereadora Cida Lessa (PDS) informou que a Câmara protocolou um requerimento para a realização de uma audiência pública com a participação de deputados estaduais, mas até o momento ainda não há data definida.
O projeto de retaludamento foi anunciado pelo governo estadual após dois deslizamentos de terra na região. As obras incluem corte controlado da vegetação, remoção de blocos rochosos e construção de novos taludes para garantir a segurança da via. Entretanto, a execução tem sido marcada por lentidão e falta de informações claras.
A Sinfra-MT afirmou que está finalizando estudos técnicos complementares para retomar os serviços, mas não apresentou um cronograma oficial.