
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou os encontros bilaterais previstos durante a cúpula do G7, nesta terça-feira (17), e antecipou seu retorno ao Brasil. O motivo oficial, segundo a assessoria da Presidência, foi o atraso na programação do evento realizado em Kananaskis, no Canadá, o que inviabilizou os compromissos.
Entre as agendas canceladas estavam as reuniões com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e com o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz. Ambos os encontros ocorreriam separadamente, à margem da cúpula das maiores economias do mundo – Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão – da qual Lula e Zelensky participaram como convidados.
Auxiliares do presidente explicaram que, por conta do cronograma apertado e da previsão de horários de saída dos aviões dos chefes de Estado e governo, não foi possível realizar os encontros.
A decisão de retornar ao Brasil ocorre em meio a uma crescente crise interna: uma pesquisa recente aponta que 54% dos brasileiros avaliam como “péssima” a atuação de Lula diante dos escândalos envolvendo o INSS. A situação vem gerando forte desgaste para o governo, pressionado a dar respostas mais efetivas sobre os casos de corrupção e falhas administrativas no instituto.
Embora o Planalto negue qualquer relação direta entre o cancelamento das agendas no G7 e a crise política doméstica, a antecipação da volta de Lula ao país reacende especulações sobre os impactos internos da turbulência que atinge sua base de governo.