
Trump
Em uma reviravolta histórica no cenário geopolítico do Oriente Médio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (23) que Israel e Irã chegaram a um acordo para um cessar-fogo total. A trégua, segundo Trump, entrará em vigor após a conclusão de “missões finais” previstas pelas duas nações e marcará o fim oficial de um confronto que já dura 12 dias.
“Foi totalmente acordado entre Israel e Irã que haverá um cessar-fogo completo e total (em aproximadamente seis horas, quando ambos concluírem suas missões finais), por 12 horas, momento em que a guerra será considerada ENCERRADA”, publicou Trump em sua rede Truth Social.
O presidente detalhou ainda que o Irã será o primeiro a cessar os ataques, seguido por Israel. Passadas 24 horas, disse ele, o mundo poderá “celebrar o fim oficial da guerra de 12 dias”.
“Nunca destruirá o Oriente Médio”
Em um discurso inflamado e repleto de otimismo, Trump exaltou a decisão de ambas as partes e disse que o acordo é resultado da “resistência, coragem e inteligência” de Israel e Irã. “Esta é uma guerra que poderia ter durado anos e destruído todo o Oriente Médio — mas não destruiu e nunca destruirá”, declarou, encerrando com: “Deus abençoe Israel, Deus abençoe o Irã, Deus abençoe o Oriente Médio, Deus abençoe os Estados Unidos da América e DEUS ABENÇOE O MUNDO!”
Tensão permanece em Washington
Apesar do anúncio de paz, o clima em Washington ainda é de alerta máximo. Após os bombardeios americanos a instalações nucleares iranianas no sábado (21), o Serviço Secreto dos EUA reforçou a segurança nas imediações da Casa Branca. A 17th Street, que passa ao lado do complexo presidencial, foi parcialmente bloqueada para veículos pesados e passou a contar com patrulhamento adicional.
A agência federal afirmou, em nota, que realiza “ajustes constantes na postura de segurança para manter os mais altos níveis de proteção”, mas não revelou detalhes operacionais.
Congresso dividido
No Congresso norte-americano, o cessar-fogo dividiu opiniões. O senador Ted Cruz (R-TX), crítico ferrenho do regime iraniano, classificou Teerã como “desonesto e ilegítimo” e responsabilizou o país por ações contra cidadãos americanos. Segundo ele, a recente ofensiva israelense impediu que o Irã concluísse a obtenção de armas nucleares.
“O regime está fraco, cambaleando e atacando perigosamente. Se algum americano for ferido, tenho plena confiança de que o presidente Trump responderá novamente de forma decisiva”, declarou Cruz.
Futuro incerto
Embora o cessar-fogo tenha sido anunciado com entusiasmo, a comunidade internacional acompanha com cautela a implementação do acordo. Especialistas alertam que a trégua pode ser apenas um respiro temporário em uma crise de longa data, marcada por tensões diplomáticas, ameaças nucleares e hostilidade militar persistente.
Agora, o desafio será transformar as promessas em estabilidade duradoura — algo que, até o momento, a história entre Irã e Israel tem mostrado ser uma missão tão difícil quanto urgente.