
Foto: EFE/ Antonio Lacerda
O corpo de Juliana Marins, de 26 anos, chegou ao Rio de Janeiro no início da noite desta terça-feira (1º), após translado feito pela Força Aérea Brasileira (FAB). O voo partiu de São Paulo às 18h40 e pousou na Base Aérea do Galeão, na Zona Norte da capital fluminense, por volta das 19h30. De lá, a urna seguiu sob escolta para o Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro.
A jovem morreu em Bali, na Indonésia, na última quinta-feira (26), e o caso ganhou repercussão devido às circunstâncias ainda pouco esclarecidas. Uma nova autópsia será realizada na manhã desta quarta-feira (2) no Rio, com a participação de três peritos — um da Polícia Civil, um da Polícia Federal e um assistente técnico. Um representante da família também acompanhará o exame, que será conduzido pela Polícia Civil fluminense.
A Justiça Federal autorizou a nova perícia após pedido da família, que alegou inconsistências e falta de transparência no laudo feito na Indonésia. A Defensoria Pública da União (DPU) também solicitou a abertura de inquérito pela Polícia Federal para apurar o caso.
Segundo o primeiro laudo, Juliana morreu por múltiplas fraturas e lesões internas, permanecendo viva cerca de 20 minutos após sofrer os traumas. No entanto, a forma como o resultado foi divulgado gerou revolta entre os parentes. De acordo com Mariana Marins, irmã da vítima, a família foi chamada ao hospital para receber o laudo, mas antes que tivessem acesso ao documento, a imprensa foi informada.
“Minha família foi chamada para receber o laudo, mas antes que tivessem acesso a ele, o médico achou por bem dar uma coletiva de imprensa. É absurdo atrás de absurdo”, disse Mariana, em entrevista.
O corpo de Juliana foi transportado de Dubai para o Aeroporto de Guarulhos na tarde desta terça e, em seguida, levado pela FAB ao Rio. O resultado da nova perícia deverá ajudar a esclarecer as circunstâncias e a data exata da morte da jovem.