
Um homem de 31 anos, identificado como J. W. de F., foi preso neste sábado (5) pela Polícia Civil, em Várzea Grande, suspeito de matar o pai e o concunhado de sua ex-companheira. A prisão foi realizada por agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) e do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).
Segundo a investigação, o suspeito possui um histórico de violência doméstica desde 2018, com diversas agressões contra a ex-companheira. Em uma das ocasiões, o concunhado dela tentou intervir e foi morto com golpes de faca.
Mesmo após a vítima ter solicitado medida protetiva — e o agressor ter sido preso por descumpri-la —, ao conseguir liberdade condicional, os episódios de violência foram retomados. Em junho de 2025, o pai da mulher, revoltado com mais uma agressão, confrontou o suspeito e acabou sendo brutalmente espancado. A gravidade dos ferimentos o levou à internação em uma UTI, onde morreu dez dias depois.
Durante as investigações, a família inicialmente relatou aos policiais que os ferimentos do pai haviam sido causados por um suposto roubo, por medo de represálias. No entanto, a própria vítima confirmou que foi agredida pelo ex-companheiro. A irmã dela também corroborou a versão, revelando que mesmo após a morte do pai, a mulher voltou a ser agredida, inclusive no dia 28 de junho.
O delegado Edison Pick afirmou que o suspeito apresentava “características extremamente violentas e ameaçadoras”, e que mesmo usando tornozeleira eletrônica, continuava a perseguir e intimidar a ex-companheira, dificultando o acionamento de mecanismos de proteção como o botão do pânico.
Considerado um homem de alta periculosidade, ele deve retornar ao regime fechado e responder por dois homicídios, além de crimes previstos na Lei Maria da Penha.