
A suspensão da conexão de novas miniusinas solares em Mato Grosso, determinada pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) em conjunto com a Energisa, trouxe apreensão para empresários, investidores e profissionais ligados ao setor de energia solar. A justificativa se baseia em questões técnicas, especialmente ligadas à instabilidade da geração solar e às dificuldades das hidrelétricas em compensar variações súbitas na produção.
Essas oscilações têm gerado problemas de sincronismo entre as fontes de energia, o que, conforme apontado pelo ONS, pode comprometer a segurança do sistema elétrico estadual caso mais usinas de médio porte sejam conectadas. Em função disso, novos pedidos de conexão de miniusinas estão sendo indeferidos, enquanto os projetos já aprovados poderão ser concluídos dentro de prazos definidos.
A medida afeta diretamente um setor que vem apresentando forte crescimento. Mato Grosso já conta com mais de 197 mil usinas fotovoltaicas, beneficiando mais de 250 mil consumidores. Deste total, 1.858 são miniusinas, com potência instalada de 783 MW, representando quase 30% da geração distribuída no estado. Só em 2024, 316 miniusinas foram conectadas, gerando uma economia mensal estimada em R$ 23 milhões.