
Em uma cena inusitada e simbólica, o advogado Jales Java protagonizou um momento que fugiu ao protocolo jurídico durante uma sessão da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), na última terça-feira (15). Durante sua sustentação oral, Java recitou uma poesia e fez movimentos de capoeira diante dos desembargadores.
O vídeo, que viralizou nas redes sociais após ser compartilhado pelo próprio advogado, gerou ampla repercussão e também preocupações. À CNN, Java afirmou que a performance foi uma resposta simbólica aos processos que tem enfrentado. No entanto, o gesto artístico parece ter tido consequências inesperadas.
“Nos últimos dias, tenho sido alvo de ameaças veladas, ligações suspeitas e movimentações que colocam em risco minha segurança pessoal”, declarou o advogado, destacando que a situação tem afetado sua rotina e gerado receio por sua integridade.
O Tribunal de Justiça de Goiás se manifestou oficialmente, dizendo que a manifestação do advogado está amparada pelo direito à livre expressão e que a performance não constituiu ofensa ao Poder Judiciário. O tribunal também confirmou que o processo em questão foi julgado normalmente e que os direitos de Java foram integralmente respeitados.
Já a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) adotou uma postura de neutralidade. A entidade afirmou que não comenta a forma como os advogados exercem a defesa de seus clientes, mas acrescentou que, caso alguma queixa formal seja apresentada, o Tribunal de Ética e Disciplina irá apurar o episódio.
Apesar das críticas e ameaças, Jales Java manteve a publicação do vídeo em suas redes, reiterando que seguirá atuando com liberdade e firmeza em sua missão como advogado.