
A Polícia Civil de São Paulo investiga o assassinato brutal de Nicolly Fernanda, adolescente de 15 anos, cujo corpo foi encontrado esquartejado na manhã de sexta-feira (19), em uma lagoa localizada no bairro Jardim Amanda, em Hortolândia (SP). O crime chocou a comunidade pela extrema violência e crueldade.
De acordo com a perícia inicial, o corpo apresentava múltiplas perfurações, cortes profundos na região do abdômen e estava sem os membros inferiores e superiores. A vítima foi localizada envolta em lençóis e uma lona, presa por pedras, o que indica tentativa de ocultação do cadáver.
Um detalhe chamou atenção dos investigadores: as iniciais do PCC (facção criminosa Primeiro Comando da Capital) estavam marcadas nas costas da jovem, o que inicialmente levantou a suspeita de envolvimento do crime organizado. No entanto, segundo o delegado responsável pelo caso, José Regino, a principal hipótese é de que essa inscrição tenha sido feita propositalmente para despistar a motivação real, que pode ter caráter passional.
As investigações apontam como principais suspeitos o ex-namorado de Nicolly e a atual companheira dele, com quem o jovem se relaciona desde o término com a adolescente. A motivação, de acordo com fontes ligadas à apuração, pode estar relacionada a ciúmes e desentendimentos anteriores entre os envolvidos.
A identidade do corpo foi confirmada pelo pai da vítima, Vinícius Marcelus, por meio de um colar que a filha costumava usar. Ele também relatou à polícia que Nicolly apresentava marcas visíveis de agressão no rosto, o que reforça a linha de investigação sobre violência física antes do homicídio.
A Polícia Civil segue ouvindo testemunhas e reunindo provas que possam esclarecer com exatidão a dinâmica do crime e confirmar a autoria. Os nomes dos suspeitos ainda não foram divulgados oficialmente. O caso mobilizou a cidade de Hortolândia e gerou grande comoção nas redes sociais.
A Delegacia de Homicídios de Hortolândia segue à frente do inquérito, que agora aguarda os laudos do Instituto Médico Legal (IML) e da perícia criminal para avançar com os pedidos de prisão, caso os indícios contra os suspeitos sejam confirmados.
A população pode colaborar com informações anônimas por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181.