
A Justiça de Minas Gerais decretou a prisão preventiva de Luiza Cristina de Assis Oliveira, mulher trans de 23 anos, que se apresentava falsamente como 1ª tenente da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). A decisão foi tomada durante audiência de custódia nesta quarta-feira (24), após ela ser presa em flagrante ao tentar aplicar um golpe em um empresário da capital mineira.
Luiza teria firmado um acordo de sociedade em um restaurante da região do Barreiro, em Belo Horizonte, mas nunca efetuou o investimento prometido. Diante da desconfiança do parceiro comercial, a Polícia Militar foi acionada e constatou que ela não era policial, apesar de ostentar farda, distintivos e perfis nas redes sociais com fotos e vídeos que imitavam o cotidiano da corporação.
Desde maio de 2024, após perder o emprego em um supermercado, Luiza passou a adotar ilegalmente a identidade de oficial da PM. Em redes sociais como Instagram e LinkedIn, ela publicava imagens usando uniforme, participando de formaturas e simulando treinamentos. Também usava imagens de crianças, apresentando-as como seus filhos, o que não era verdade.
Durante buscas, os policiais apreenderam documentos falsificados, crachás da PMMG, cartões bancários em nomes diversos, celulares, uma réplica de arma de fogo e uma carteira com inscrição da OAB-MG pertencente a um advogado, usada indevidamente pela suspeita.
Em depoimento, Luiza admitiu que criava identidades falsas para obter benefícios governamentais e aplicar golpes por meio de alvarás, cartas da Previdência e procurações. Ela foi autuada por falsidade ideológica, estelionato, usurpação de função pública e furto.
A jovem segue presa e está à disposição da Justiça. A Polícia Militar reforçou que Luiza jamais integrou os quadros da corporação.