
Selma Arruda
A ex-senadora e juíza aposentada da 13ª Vara Criminal de Mato Grosso, Selma Arruda, concedeu longa entrevista ao jornal A Gazeta, publicada neste domingo (27), em que comentou a atual crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos, além de tecer críticas contundentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Selma responsabilizou Jair Bolsonaro e o deputado licenciado Flávio Bolsonaro pelas sanções recentes aplicadas à cúpula do Judiciário brasileiro pela gestão do ex-presidente norte-americano Donald Trump. Para ela, as articulações da família Bolsonaro no exterior contribuíram para o agravamento da situação internacional.
Ainda assim, a ex-juíza questionou a condução do STF nas investigações contra o ex-presidente e seus aliados, principalmente as decisões do ministro Alexandre de Moraes.
“Se fosse eu [quem tomasse decisões como essas] na minha época, o STF teria me derrubado”, afirmou, numa crítica indireta à atuação considerada excessiva por parte da Corte.
Sobre Lula, Selma foi taxativa ao classificá-lo como “deplorável” e afirmou que o presidente “não deveria estar na vida pública”. Ao comentar o comportamento de Bolsonaro, adotou um tom igualmente crítico:
“Ele age como uma criança birrenta que, quando apanha na escola, chama o irmão mais velho para bater no menino que bateu nela”.
A entrevista foi conduzida pelo jornalista Pablo Rodrigo e abordou ainda o cenário político-institucional brasileiro, a polarização e o enfraquecimento da confiança nas instituições.
Selma, conhecida pelo discurso linha-dura e por ter ficado conhecida como “Moro de saias” durante sua atuação como magistrada, atualmente está afastada da vida pública, mas segue sendo uma voz ativa no debate político e jurídico nacional.
Essa daí nunca me enganou. Quando se auto intitulou “a Moro de saias” do Mato Grosso, vi o quão apática, e, antipática ela é. Nunca me enganou.