
A prisão da historiadora Luiza Rios Ricci Volpato, de 75 anos, gerou perplexidade entre acadêmicos e intelectuais de Mato Grosso. Ela foi detida na última quarta-feira (4), ao lado de dois filhos e outras sete pessoas, acusadas de participação em um esquema de desvio de R$ 21 milhões em verbas do Tribunal de Justiça do Estado, segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
Luiza Volpato é conhecida por sua trajetória acadêmica e atuação na preservação da memória histórica em Mato Grosso. Sua prisão, no entanto, abalou o meio intelectual, que recebeu com incredulidade a notícia de seu suposto envolvimento em um esquema milionário de corrupção.
De acordo com as investigações conduzidas pela Polícia Civil, Luiza figura como sócia, junto ao filho João Gustavo Ricci Volpato, da empresa RV Empresa de Cobrança Ltda., que teria movimentado R$ 2 milhões entre fevereiro e julho de 2022 — valores considerados incompatíveis com a atividade da empresa.
A investigação aponta que os recursos desviados do Judiciário eram distribuídos entre os envolvidos por meio de contratos fictícios e empresas de fachada. Apesar disso, nos bastidores, cresce a especulação sobre a real participação de Luiza no esquema: há quem questione se ela teria sido usada pelo filho para facilitar o funcionamento da engrenagem fraudulenta.
Além de João Gustavo, também foi preso o segundo filho da historiadora, Augusto Frederico Ricci Volpato. Todos os investigados foram alvos de mandados de prisão preventiva.
O caso segue em investigação e, até o momento, a defesa dos envolvidos não se manifestou publicamente.