
O advogado de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, afirmou neste domingo (4/8) que bancos europeus estariam congelando bens do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a imposição de sanções por parte do governo norte-americano.
A declaração foi feita por Martin De Luca, defensor legal de Trump, por meio da rede social X (antigo Twitter). Segundo ele, essa reação das instituições financeiras é uma resposta direta à inclusão de Moraes na lista de sanções do Departamento do Tesouro dos EUA, por meio do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), sob a acusação de violações sistemáticas de direitos humanos.
“Surpreso? Não fique. Isso é padrão. Bancos globais, especialmente na Europa, rotineiramente congelam ativos após designações de sanções do OFAC, mesmo sem uma ação da União Europeia”, escreveu De Luca. O advogado argumentou que as instituições preferem se alinhar às diretrizes dos Estados Unidos para não comprometer seu acesso ao sistema financeiro internacional.
De Luca ainda ironizou a situação de Moraes, lembrando que o ministro já havia determinado o bloqueio de bens de opositores por manifestações nas redes sociais. “Durante anos, Moraes congelou os bens de vítimas que ele mirava por discursos políticos publicados online, inclusive por usuários dos EUA em solo estadunidense. Agora, está provando do próprio veneno”, afirmou.
European banks are reportedly freezing Alexandre de Moraes’s assets after U.S. sanctions were imposed. Surprised? Don’t be. This is standard.
Global banks, especially in Europe, routinely freeze assets after OFAC sanctions designations, even without EU action. Why? Because… https://t.co/isoTYBkKIq
— Martin De Luca (@emd_worldwide) August 2, 2025
O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre o congelamento de bens. A inclusão de Moraes na lista de sanções tem causado forte repercussão política e jurídica, tanto no Brasil quanto no exterior. A medida adotada pelos EUA é inédita em relação a um ministro do Supremo e intensifica a tensão diplomática entre os dois países.