Redação 
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“Bandiolatria”: Delegado aponta existência de “facção” formada por alunos em escola; veja vídeo
O delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, que atua em Alto Araguaia (415 km de Cuiabá), afirmou que um grupo de cerca de 20 estudantes da Escola Estadual Carlos Hugueney criou uma espécie de facção criminosa dentro da unidade de ensino. A declaração foi dada após a divulgação de um vídeo que mostra uma aluna sendo brutalmente agredida por quatro colegas. As imagens causaram comoção nas redes sociais e aplicativos de mensagens nesta semana.
Segundo o delegado, os integrantes do grupo têm forte admiração por organizações criminosas, fenômeno que ele classificou como “bandiolatria”. A facção escolar teria regras próprias, hierarquia, disciplina e punições internas, copiando modelos de facções reais.
“Eles copiaram o que existem nas facções criminosas”, disse Marcos Paulo, destacando que muitas dessas normas estão disponíveis na internet e são facilmente acessadas por adolescentes.
De acordo com a investigação, a aluna agredida teria descumprido uma das regras do grupo, o que motivou o ataque. “Por conta desse descumprimento houve essa agressão. Inclusive, uma dessas regras é não poder chorar”, revelou o delegado.
Sessão de espancamento
As imagens que viralizaram mostram a vítima sendo atacada por quatro adolescentes com tapas, socos, chutes e até golpes com um cabo de madeira. A jovem permanece de joelhos durante toda a agressão, praticamente sem reação. Ela não tenta fugir nem pede ajuda, o que aumenta a gravidade da situação, segundo as autoridades.
O caso teria ocorrido na segunda-feira (4) e foi denunciado à polícia e ao Ministério Público.
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou, por meio de nota, que está prestando apoio à vítima e aos familiares. A pasta ressaltou ainda que a Diretoria Regional de Educação registrou boletim de ocorrência e está conduzindo uma apuração interna para garantir “punição exemplar” aos envolvidos.
A Polícia Civil segue investigando o caso, e os adolescentes identificados como agressores devem responder por atos infracionais análogos a crimes de lesão corporal e organização criminosa.
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