
Após ser criticado por almoçar com o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, em Brasília, o ex-governador de Mato Grosso, Pedro Taques, usou os microfones da Rádio Massa para rebater publicamente as especulações. Segundo ele, o encontro teve caráter pessoal e não político, e as críticas são infundadas.
“Eu sou advogado. Não devo satisfação a ninguém sobre com quem ou onde eu almoço. Não sou servidor público, sou um cidadão comum. Quem deve explicações à sociedade é o governador Mauro Mendes”, disparou Taques, ao comentar a repercussão da foto publicada nas redes sociais que registrou o momento com Emanuel.
A crítica de maior repercussão, segundo o ex-governador, teria partido da primeira-dama do estado, Virginia Mendes, que compartilhou a imagem em tom de reprovação. “Me causa estranheza. Custa acreditar que a primeira-dama perca tempo com a minha existência. Tenho respeito por ela, mas não é ela quem coordena o combate ao feminicídio? Mato Grosso é o segundo estado com mais casos. Ela deveria ter mais o que fazer”, provocou.
Taques reforçou que não é candidato a nenhum cargo e que o encontro não teve qualquer relação com articulações políticas. “Estou advogando. Não fechei nada com Emanuel. Não sou filiado a partido. Sou candidato a ser um bom cidadão”, afirmou.
Em um tom mais crítico, o ex-governador aproveitou para levantar questionamentos sobre a atual gestão estadual, citando o acordo judicial envolvendo a empresa Oi, que somaria R$ 308 milhões, e outros episódios não esclarecidos, segundo ele, pelo governo Mauro Mendes.
“Eu quero saber onde foi parar o dinheiro da Oi. Ninguém fala mais nisso. E os 22 ofícios enviados pelos sindicatos sobre os consignados que foram ignorados? O secretário Basílio, o Fabinho da Casa Civil, o próprio governador… o que fizeram? Nada. Fizeram o que o peixe faz”, ironizou.
Atualmente, Pedro Taques afirma estar atuando como advogado de seis sindicatos e da federação que representa mais de 45 mil servidores públicos em Mato Grosso. Ele voltou a afirmar que sua atuação é técnica e não tem relação com projetos eleitorais.