
Neste domingo (16/3), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores realizaram um ato na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro. O evento, que acontece durante toda a manhã e tarde, ocorre em um momento de grande expectativa em torno da análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o “Núcleo 1”, grupo ao qual Bolsonaro pertence, acusado de tentativa de golpe de Estado.
Em seu discurso, Bolsonaro afirmou que não tem obsessão pelo poder, mas amor pelo Brasil, e reiterou que não pretende deixar o país. Ele criticou o governo de Lula, o ministro Alexandre de Moraes e contestou aspectos da denúncia da PGR, além de reforçar o pedido de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
A manifestação é uma continuação do movimento pró-anistia, que ganha força após a condenação de mais 63 pessoas na última semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF), elevando o número de sentenciados para 480.
Bolsonaro chegou ao evento por volta das 10h, onde se encontrou com políticos e seguidores. Durante seu discurso, que teve início por volta das 11h40, o ex-presidente falou por cerca de 40 minutos, destacando a situação dos presos pelo 8 de janeiro, especialmente as mulheres detidas. Visivelmente emocionado, ele criticou o tratamento das autoridades e afirmou que muitos dos manifestantes foram atraídos para uma armadilha.
O ex-presidente também aproveitou a oportunidade para atacar o Supremo Tribunal Federal (STF), em especial o ministro Alexandre de Moraes, criticando a atuação do tribunal nos inquéritos secretos. Além disso, voltou a falar sobre os eventos da campanha de 2022, alegando perseguição por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A manifestação, que ocorre em um trio elétrico, conta com a presença de vários governadores, deputados e senadores aliados de Bolsonaro, como Cláudio Castro (PL-RJ), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Mauro Mendes (União-MT). Além disso, figuras como o pastor Silas Malafaia também marcam presença.
O PL da Anistia, projeto apoiado pelos aliados de Bolsonaro, está sendo discutido na Câmara dos Deputados, mas enfrenta resistência, principalmente de figuras influentes como o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).