
Em 18 de julho de 2025, a Polícia Federal (PF) apreendeu aproximadamente US$ 14 mil na residência e no escritório do ex-presidente Jair Bolsonaro. O montante estava dividido em duas partes: US$ 7,4 mil encontrados na gaveta de cuecas do ex-presidente e US$ 6 mil no escritório do Partido Liberal em Brasília. Além disso, R$ 8,3 mil em espécie foram localizados no escritório de Bolsonaro.
Os valores em reais foram entregues a uma agência da Caixa Econômica Federal em Brasília e posteriormente depositados na conta bancária do ex-presidente. A PF segue investigando a origem do dinheiro apreendido, que permanece sob sua custódia.
A operação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, também resultou em medidas restritivas contra Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de comunicação com outros réus e investigados, restrições no uso de redes sociais e contatos com embaixadores e diplomatas estrangeiros.
Além dos valores em espécie, foram encontrados materiais como uma petição de empresa estrangeira, um pen drive e manuscritos com anotações sobre a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Esses materiais foram considerados irrelevantes para a investigação e não foram incluídos no inquérito.
O julgamento de Bolsonaro e outros sete réus, acusados de planejar um suposto golpe de Estado após as eleições de 2022, começou em 2 de setembro de 2025. As defesas negam as acusações, e manifestações em apoio aos réus estão previstas para o feriado da Independência, em 7 de setembro.