
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Nesta sexta-feira (5), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) utilizou as redes sociais para se manifestar contra o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que responde a ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe de Estado. O parlamentar também declarou que seu foco é aprovar uma anistia ampla aos manifestantes presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Segundo Nikolas, o processo conduzido pela Primeira Turma do STF não seria imparcial. “Botaram cinco argentinos para julgar o Pelé. Não tem condições. O ex-advogado do Lula vai julgar o Bolsonaro, o ex-ministro do Lula também vai julgar o Bolsonaro (…) e o outro é o Alexandre de Moraes, que é a parte interessada que se coloca como vítima do processo”, afirmou.
O deputado ainda criticou a gravidade das penas impostas a alguns réus. “Para mim, não tem razoabilidade colocar uma pessoa 17 anos na cadeia porque escreveu com batom ‘Perdeu, mané’ em uma estátua”, disse.
O julgamento de Bolsonaro e outros sete réus teve início na última terça-feira (2). Eles integram o chamado núcleo crucial da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, que envolve militares e ex-integrantes do governo.
A Primeira Turma do STF, presidida pelo ministro Cristiano Zanin, é formada ainda por Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia. O relator do caso é Moraes, o que define que a análise ocorra nesse colegiado. A segunda sessão foi realizada na quarta-feira (3), e outras estão previstas para os dias 9, 10 e 12 de setembro.
Além de Bolsonaro, os réus do núcleo 1 são: Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), Walter Braga Netto (ex-ministro e candidato a vice em 2022) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro).