
O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) afirmou que a decisão da Federação União Progressista, formada pelo União Brasil e Progressistas (PP), de deixar a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocorreu com atraso. O anúncio oficial foi feito na última terça-feira (2) e determinou a entrega dos cargos ocupados por ministros e filiados da federação no Executivo, sob risco de punições disciplinares.
“Eu acho que demorou, porque nós do União Brasil, há quatro anos votamos em Bolsonaro. Ninguém desconhece. Éramos do Bolsonaro, eu não entendi porque o diretório nacional foi participar do governo Lula”, disse Júlio à imprensa nesta quarta-feira (3).
A federação conta atualmente com 109 deputados federais, 15 senadores, sete governadores e mais de 12 mil vereadores. Com a decisão, passa oficialmente a integrar a oposição ao governo federal. A medida afeta diretamente ministros como Celso Sabino (Turismo), do União Brasil, e André Fufuca (Esportes), do PP, que chegaram a resistir em deixar os cargos.
Segundo Campos, a saída se antecipou após cobrança do próprio presidente Lula em reunião ministerial. “Recebeu três ministérios e não estava dando a contrapartida. A nossa bancada federal, na Câmara e no Senado, não votava com o governo, praticamente. Então, estava na hora de sair. Demorou para sair. Mas eu apoio totalmente a decisão do presidente cobrar a lealdade, e o partido que não apoia tem que espirrar do governo”, declarou.