
O Banco Central (BC) emitiu um alerta após mais um ataque cibernético contra uma instituição de pagamento que não possui autorização formal para operar. A empresa E2 Pay foi a vítima mais recente, sofrendo a subtração indevida de valores em decorrência da ação criminosa.
Segundo o BC, o episódio reforça a necessidade de vigilância redobrada no setor financeiro. A instituição recomendou que emprs, especialmentatuam sem regulamentação direta, intensifiquem o monitoramento de todas as transações, incluindo operações internas conhecidas como book transfer.
Série de ataques preocupa
Este é o quarto ataque registrado em 2025 contra empresas de pagamentos. Antes da E2 Pay, já haviam sido alvos a C&M Software, a Sinqia e a fintech gaúcha Monetarie (Monbank). Em alguns casos, criminosos chegaram a desviar valores expressivos após comprometer contas de reserva usadas para operações como Pix, TED e boletos.
Medidas anunciadas pelo Banco Central
Na última sexta-feira (5), o BC anunciou novas regras de segurança para reduzir a vulnerabilidade do sistema financeiro. Entre elas estão:
- limite de R$ 15 mil para transferências via Pix e TED realizadas por instituições não autorizadas ou que utilizam prestadores de serviços de TI;
- critérios mais rígidos para credenciamento desses prestadores;
- exigência de autorização prévia do BC antes do início das operações de qualquer instituição de pagamento;
- revisão do uso das chamadas “contas-bolsão”, usadas como intermediárias em transações financeiras;
- regulamentação do modelo Banking as a Service (BaaS), prevista ainda para 2025, com foco em prevenção de fraudes e maior segurança operacional.
Desafios de fiscalização
O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, admitiu que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enfrenta dificuldades para rastrear operações suspeitas feitas por meio de contas intermediárias, o que aumenta a preocupação das autoridades.
Com a escalada de ataques, especialistas avaliam que o setor de tecnologia financeira passa por um momento decisivo: equilibrar inovação com segurança. Para o Banco Central, o fortalecimento da regulamentação é fundamental para proteger o Sistema Financeiro Nacional e impedir novas invasões.