
No Dia de Prevenção ao Suicídio, lembrado em 10 de setembro, o deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) reforçou a necessidade de transformar o Setembro Amarelo em uma política pública permanente, com foco no fortalecimento da rede de saúde mental e no papel fundamental das famílias como primeira rede de apoio.
“Estamos falando de um problema que carrega números alarmantes e histórias de dor silenciosa. Só em 2024, Mato Grosso registrou 339 casos de suicídio. Esses dados não podem ser tratados apenas como estatística, mas como vidas que poderiam ter sido salvas com acolhimento e políticas públicas consistentes”, destacou o parlamentar.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo. No Brasil, o cenário também é preocupante: entre 2016 e 2021, as taxas de mortalidade cresceram 49,3% entre adolescentes de 15 a 19 anos e 45% entre jovens de 10 a 14 anos, de acordo com o Ministério da Saúde.
Para Diego Guimarães, a campanha Setembro Amarelo tem papel relevante ao levar informação e quebrar tabus, mas não pode se restringir a um único mês.
“É urgente que cada município desenvolva centros de acolhimento estruturados, com equipes preparadas e condições reais de funcionamento. Não adianta criar espaços de atendimento sem garantir que os profissionais tenham suporte e recursos. Hoje, infelizmente, vemos servidores sobrecarregados, atendendo mais do que podem, sem estrutura mínima. Isso enfraquece a rede de apoio e aumenta o sofrimento de quem busca ajuda”, criticou.
O deputado também enfatizou o papel da família na prevenção. “Antes de qualquer instituição, é dentro de casa que os sinais aparecem. Mudanças de comportamento, isolamento, queda no desempenho escolar ou no trabalho são alertas que precisam ser levados a sério. A escuta sem preconceito, o apoio prático e o incentivo à busca por atendimento profissional salvam vidas. O diálogo aberto dentro de casa pode evitar que o sofrimento avance para situações irreversíveis”, afirmou.
Para Guimarães, prevenir o suicídio é uma responsabilidade coletiva.
“Precisamos transformar campanhas em políticas permanentes, estatísticas em histórias de superação e silêncio em diálogo. Prevenir o suicídio é um ato de humanidade e compromisso ético com as gerações presentes e futuras”, concluiu.