
A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, conhecida como “Débora do Batom” após pichar a estátua da Justiça com a frase “perdeu, mané”, foi condenada nesta segunda-feira (15) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão do ministro Alexandre de Moraes determina pena de 14 anos de prisão e pagamento solidário de R$ 30 milhões em danos morais coletivos, junto a outros réus envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Segundo o STF, Débora começará a cumprir a pena em regime domiciliar, sob condições rigorosas: uso de tornozeleira eletrônica, proibição de redes sociais, contato com outros envolvidos ou concessão de entrevistas sem autorização judicial, além de restrições a visitas, permitidas apenas para advogados, pais e irmãos.
A condenação inclui ainda 100 dias-multa, equivalente a cerca de R$ 50 mil, e o valor da indenização será destinado à reparação do patrimônio público depredado.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apurou que Débora viajou de Paulínia (SP) ao Distrito Federal em 7 de janeiro de 2023 e participou no dia seguinte da invasão à Praça dos Três Poderes. Além da pichação, ela teria comemorado os ataques em frente ao Supremo.
Entre os crimes pelos quais foi condenada estão: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
O processo transitou em julgado em agosto de 2025, tornando a decisão definitiva e sem possibilidade de novos recursos.
