
A arte nunca pediu permissão. Ela existe, inquieta, crua, desafiadora. Para alguns, uma provocação. Para outros, um chamado. O choque nunca foi um acidente – é uma escolha. E foi com essa filosofia que a A Galinha, uma nova e promissora marca, veio ao mundo para perturbar o senso comum e redefinir o que é belo.
Inspirada no que é rotineiro e muitas vezes banalizado, a marca transforma a galinha em um símbolo de resistência e autenticidade. “O comum se dilui no tempo, mas o incomum fica”, dizem os criadores, que veem na ave um ícone da repetição e do ordinário que agora renasce como um manifesto.

E é nessa fronteira entre o estranhamento e a admiração que nasce a Löwio, marca da jovem estilista mato-grossense Gabriela Apio Lowe, de apenas 23 anos. Natural de Água Boa, no interior de Mato Grosso, Gabriela cresceu em meio à intuição artística que sempre a acompanhou.
Desde a adolescência, explorava blogs de moda e lifestyle, e, aos 17 anos, mudou-se para São Paulo para cursar Moda na tradicional Faculdade Santa Marcelina. Foi lá que sua inquietude encontrou forma: o TCC que transformou a galinha, símbolo do banal e da repetição, em manifesto, ícone de ruptura e desejo.
A marca, que é um verdadeiro “bebê” de apenas quatro meses, é o fruto de um projeto de dois anos, nascido em um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de moda na FASM, em São Paulo. Os criadores começaram a divulgar o conceito no TikTok em novembro do ano passado, construindo uma comunidade engajada antes mesmo de as vendas serem abertas.
Do Viveiro à Passarela: A Estética do Inesperado
A essência da A Galinha está em sua matéria-prima e na sua ousadia. Suas bolsas são confeccionadas com materiais inusitados: tela galvanizada de viveiro e fios de lã acrílica tecidos artesanalmente. O resultado é um acessório que não apenas compõe, mas fala, desafiando a percepção de beleza e luxo.
“Somos o que não se encaixa. A pincelada errante no quadro perfeito. A textura que incomoda antes de fascinar”, descreve a marca. É a celebração do ridículo que se torna raro, do desprezado que vira desejo. A A Galinha prova que o que veste o corpo também veste a mente, e o pensamento, por natureza, não pode ser domado.
No mundo da moda, onde a excentricidade muitas vezes se confunde com arte, a A Galinha simplesmente existe, deixando sua marca ao transformar um conceito simples e inusitado em uma declaração poderosa de estilo e identidade.


