Redação 
Redação 
Sessão de domingo: Artistas se unem a movimentos sociais contra PEC da Blindagem e PL da Anistia
Ícones da música brasileira como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque e esquerdistas declarados, confirmaram presença nos protestos marcados para este domingo (21), em pelo menos 16 capitais, contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia. No Rio de Janeiro, eles participam de um “ato musical” em Copacabana, conforme divulgado em arte da Mídia Ninja, compartilhada pelos próprios artistas.
Em vídeo publicado nas redes, Caetano Veloso classificou a proposta como um ataque à democracia. “A PEC da Bandidagem tem que receber da sociedade brasileira uma resposta saudável, uma manifestação de que grande parte da população brasileira não admite um negócio desse”, afirmou.
Mobilização ganha força
Os atos contam com a organização de movimentos sociais como a Frente Brasil Popular e o Povo Sem Medo, além do apoio de artistas e entidades civis. Anitta também declarou apoio às manifestações. No campo político, entre os confirmados estão Guilherme Boulos e Erika Hilton, ambos do PSOL-SP.
“Não permitiremos que ninguém seja recompensado por atentar contra o país. Vai ter luta”, disse Boulos, em referência ao projeto de anistia.
As propostas tramitam em meio a forte desgaste do Congresso Nacional. Pesquisas recentes apontam índices de rejeição elevados: segundo o Datafolha, apenas 18% avaliam positivamente a atuação dos parlamentares, enquanto a Nexus revelou desaprovação de 55% — números colhidos antes mesmo das votações polêmicas.
O que está em jogo
- PEC da Blindagem: já aprovada pela Câmara, limita investigações do STF contra parlamentares e líderes partidários. Se passar pelo Senado, denúncias criminais e prisões dependerão de aval das próprias Casas Legislativas, em votação secreta. Presidentes de partidos com representação também ganhariam foro privilegiado.
- PL da Anistia: com urgência aprovada, busca reduzir penas para envolvidos nos atos golpistas. O relator, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), fala em ajustes, mas aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos, pressionam por uma anistia ampla que contemple sua libertação.
About the Author
