
O Grupo Góes, uma das famílias mais tradicionais do vinho no Brasil, aposta alto no mercado de rótulos finos com o lançamento da Philosophia Terroirs de Expressão, nova vinícola dedicada exclusivamente aos vinhos premium. Localizada em São Roque (SP), a iniciativa foca nos vinhos de inverno, elaborados a partir da técnica da dupla poda, que permite a colheita das uvas na estação mais fria e resulta em vinhos com maior concentração aromática e equilíbrio.
Segundo Luciano Lopreto, diretor comercial do grupo, a nova vinícola foi criada para destacar o trabalho de mais de duas décadas na produção de vinhos de alta gama e dialogar com um consumidor cada vez mais exigente: “O brasileiro está descobrindo o valor do vinho nacional de qualidade. Há um orgulho crescente em consumir rótulos premium feitos aqui, especialmente quando expressam origem”, afirma.
A Philosophia chega com 13 rótulos iniciais, produzidos em pequenas quantidades, e aposta na valorização dos terroirs, com uvas cultivadas em regiões de destaque para safras de inverno, como Divinolândia, Itobi, São Roque e sul de Minas Gerais. O grupo planeja expandir para outras regiões, incluindo Espírito Santo do Pinhal, Brasília, Rio de Janeiro e Bahia.
O objetivo é ambicioso: quintuplicar o faturamento dos rótulos premium em três anos e alcançar mil pontos de venda em 12 estados até o fim de 2026. O investimento em pesquisa e desenvolvimento na categoria já soma R$ 23 milhões, refletindo a aposta estratégica do grupo no segmento de vinhos finos desde 2001.
Enquanto a tradicional Vinícola Góes continua atendendo o público consolidado com vinhos de mesa, a Philosophia busca conquistar o consumidor “entusiasta, que busca fugir do óbvio”, explica Lopreto. Além da produção, a nova vinícola contará com uma sede para enoturismo em São Roque, oferecendo experiências exclusivas aos visitantes.
Para o grupo, o momento é histórico. “O consumo per capita de vinho no Brasil ainda é baixo, mas o mercado internacional está cada vez mais receptivo ao novo. Vemos um futuro muito promissor para o vinho brasileiro”, conclui Lopreto.
