
Uma operação policial deflagrada em São Paulo nesta terça-feira (23) revelou um esquema de fraudes bancárias que causou prejuízo superior a R$ 18 milhões ao Banco do Brasil. O ex-gerente de relacionamento da instituição financeira, Alan Maurício Casuo, demitido por justa causa em dezembro de 2024, é apontado como um dos principais responsáveis pelo desvio de recursos.
A operação, batizada de “Porta Giratória”, foi conduzida pela 3ª Delegacia de Combate à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil. Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados ao ex-gerente, sua esposa e um sócio, identificado como “consultor financeiro” e considerado peça central do esquema. Durante as buscas, foram apreendidos relógios de luxo, incluindo cinco da marca Rolex, além de documentos. A Justiça determinou o sequestro de bens e valores para garantir o ressarcimento dos prejuízos causados ao banco.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/6/E/JOZKO3TVKLDyQAhtLvmw/whatsapp-image-2025-09-23-at-07.32.42.jpeg)
Relógios de luxo foram apreendidos durante operação contra gerente do Banco do Brasil. — Foto: Reprodução/Polícia Civil
As investigações tiveram início a partir de uma auditoria interna do Banco do Brasil, que identificou irregularidades nas operações de crédito. Segundo a polícia, o ex-gerente aprovou e liberou 70 operações fraudulentas para cerca de 24 empresas de fachada. Ele e sua esposa, Jennifer Coelho da Cunha, receberam quase R$ 1,5 milhão em transferências diretas, parte proveniente dessas empresas. Além disso, o “consultor financeiro” recebeu aproximadamente R$ 1,27 milhão de pelo menos 10 das 24 empresas suspeitas, repassando a maior parte desses valores ao ex-gerente e sua esposa.
O Banco do Brasil informou que iniciou as investigações após detectar as irregularidades e comunicou as autoridades policiais. A instituição afirmou que adota processos estabelecidos para monitoramento e apuração de fraudes e que está colaborando com as investigações do caso.