
A empresária e estilista cuiabana Kamylla Urel foi uma das vítimas de uma quadrilha especializada no golpe conhecido como “SIM Swap”, que consistia em clonar linhas telefônicas para ter acesso a aplicativos bancários e redes sociais. O esquema criminoso, que movimentou mais de R$ 5 milhões, foi revelado neste domingo (29) pelo programa Fantástico, da TV Globo, após a prisão dos suspeitos em São Paulo.
Entre os detidos estão Lethicia Féliz, Jefferson da Silva e Vyctor Hugo Santana, apontados como integrantes do grupo. Segundo a investigação, eles utilizavam dados pessoais como nome, CPF, identidade e número de celular para solicitar a portabilidade de linhas telefônicas para chips sob seu controle, conseguindo assim acessar contas bancárias e perfis digitais das vítimas.
Kamylla relatou que foi hackeada em fevereiro de 2023 e ficou mais de 38 dias sem acesso ao perfil profissional do Instagram, que reunia mais de 100 mil seguidores. Nesse período, os criminosos usaram sua imagem para aplicar o chamado “golpe do Pix dobrado”, no qual prometiam devolver em dobro o valor transferido pelas vítimas.
“Era aquele esquema de Pix retornável, em que a pessoa envia R$ 1 mil e recebe R$ 2 mil, transfere R$ 4 mil e recebe R$ 8 mil… tudo usando a minha imagem”, contou a estilista ao programa.
Apesar de ter recuperado o acesso, Kamylla afirmou que sofreu prejuízos financeiros e emocionais. Suas vendas caíram, valores foram desviados e seguidores chegaram a perder até R$ 10 mil no esquema.
“Vários seguidores caíram no golpe acreditando que estavam confiando em mim. Foi um verdadeiro pesadelo. Hoje, quase três anos depois, ver que essa farsa acabou me traz paz e tranquilidade”, desabafou em suas redes sociais.