
A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Mirassol D’Oeste, deflagrou nesta quinta-feira (2) a Operação Véu Caído, com foco na desarticulação da atuação de gerentes de uma facção criminosa que controlava execuções, tráfico de drogas e outros delitos na região de Mirassol D’Oeste e na fronteira oeste do Estado com a Bolívia.
A ofensiva conta com o cumprimento de 13 mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão, além de ordens de sequestro de bens e quebra de sigilo bancário e fiscal. Os alvos estão distribuídos em Rondonópolis, Várzea Grande, Mirassol, Araputanga e Cáceres, incluindo seis mandados em quatro unidades prisionais.

As investigações apontaram que o grupo foi responsável por determinar a morte de ao menos 22 pessoas entre 2024 e 2025, sendo 15 vítimas no primeiro ano e sete no segundo. O esquema também envolvia apoio ao tráfico de drogas e à estrutura de uma facção criminosa que opera em Mato Grosso.
Segundo o delegado Gustavo Ataide, responsável pelo caso, o objetivo é enfraquecer a rede de apoio dos criminosos. “A operação visa atingir a rede de apoio deles na criminalidade, além dos próprios gerentes. Os alvos se concentram em Rondonópolis, mas há também em Várzea Grande. Há cerca de cinco alvos já presos e com novos mandados de prisão, e três deles também com busca e apreensão nas celas”, explicou.
O nome da operação faz referência ao uso de codinomes e “laranjas” por parte dos gerentes, que ocultavam suas identidades verdadeiras. “Véu Caído” simboliza a revelação do que estava escondido.
A investigação contou com o apoio do Ministério Público, da Polícia Penal, da inteligência do 17º Batalhão da Polícia Militar e das Delegacias de Polícia de Cáceres e Araputanga, além das equipes da Derf de Rondonópolis e da Polinter.