
Uma operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu na manhã desta quinta-feira (2) cinco pessoas suspeitas de participação em uma fraude que envolveu o acesso indevido a contas digitais de uma magistrada federal. O objetivo do grupo era remover a restrição judicial sobre um veículo apreendido em processo criminal e vendê-lo ilegalmente.
Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em Canoas, Sapiranga, Portão, Dois Irmãos e Rolante. Segundo a polícia, a investigação começou ao identificar que um carro, retido por decisão da Justiça, havia sido liberado de forma irregular.
Para cometer a fraude, os criminosos utilizaram as credenciais da juíza no sistema Gov.br e, em seguida, acessaram o Renajud (Registro Nacional de Veículos Judicial), conseguindo retirar a restrição sobre o veículo.
O operador da fraude é um homem com antecedentes em crimes cibernéticos e patrimoniais em outros estados e que já havia sido preso anteriormente. O beneficiário do esquema era um vendedor de automóveis, que adquiriu o veículo da antiga proprietária mesmo sabendo da restrição judicial e, segundo a polícia, pagou R$ 13 mil a um advogado criminalista para que a restrição fosse removida.
Após a liberação ilegal, o carro foi repassado a uma revenda, que o vendeu a um comprador de boa-fé por quase R$ 80 mil.
Os cinco investigados devem responder pelos crimes de fraude processual, estelionato, organização criminosa e invasão de dispositivos.