
A Justiça de Goiás determinou a suspensão de novas lives comerciais e campanhas publicitárias de vendas virtuais da WePink, marca da influenciadora digital Virginia Fonseca. A decisão atende parcialmente a um pedido de urgência do Ministério Público de Goiás (MPGO), que moveu uma Ação Civil Pública contra a empresa por práticas reiteradas consideradas abusivas aos consumidores.
Pela decisão, a WePink está proibida de realizar vendas em massa enquanto não comprovar a disponibilidade real dos produtos ofertados em estoque. O descumprimento pode gerar multa de R$ 100 mil por ocorrência.
O inquérito conduzido pelo MPGO apontou mais de 120 mil reclamações registradas no site Reclame Aqui desde 2024. Entre as denúncias estão falta de entrega de produtos, dificuldades para reembolso, envio de cosméticos com defeito e exclusão de críticas nas redes sociais da marca.
De acordo com o órgão, o modelo de “flash sales” adotado pela WePink, com uso da imagem de Virginia Fonseca, estimula a compra impulsiva e prejudica os consumidores. A decisão judicial também determina que a empresa implemente, em até 30 dias, um canal de atendimento ao cliente não automatizado, com contato humano.
O MPGO ainda solicita indenização de R$ 5 milhões por dano moral coletivo.