
Uma fábrica clandestina de bebidas destiladas foi interditada na tarde desta quinta-feira (16), no bairro Jardim dos Estados, em Várzea Grande, durante uma operação conjunta da Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), com apoio da Vigilância Sanitária do município e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
O proprietário do local foi preso em flagrante e responderá por crime contra a saúde pública, previsto no artigo 272 do Código Penal, que trata da falsificação ou adulteração de substância alimentícia, com pena que pode variar de quatro a oito anos de reclusão, além de multa.

A ação foi desencadeada após o recebimento de uma denúncia anônima pelo disque denúncia da Polícia Civil (197), informando sobre a existência de um galpão onde ocorria o envasamento irregular de bebidas alcoólicas falsificadas e sem qualquer procedência. Ao chegarem ao local, os agentes constataram as irregularidades descritas.

Durante a fiscalização, foram encontradas mais de 500 garrafas vazias prontas para serem envasadas, além de 30 rolos de rótulos com marcas conhecidas do mercado, três bombonas de mil litros contendo aguardente, além de diversos aditivos químicos e naturais usados para dar aroma, sabor e cor às bebidas.

Todo o material foi apreendido e será encaminhado à Politec para análise laboratorial, com o objetivo de identificar possíveis substâncias tóxicas, como o metanol, que pode causar intoxicações graves, cegueira e até a morte. O local foi imediatamente interditado pela Vigilância Sanitária.

De acordo com o delegado da Decon, Rogério Ferreira, a fábrica operava de forma a enganar consumidores desavisados, com rótulos e embalagens que simulavam produtos originais. “É um crime grave. O reenvase de bebidas falsificadas, feito em ambientes totalmente insalubres, representa um risco enorme à saúde pública. Muitas vezes, são usados produtos que podem causar doenças estomacais, danos neurológicos, cegueira e até morte”, alertou o delegado.