Governador Mauro Mendes (União Brasil) e o Prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini
O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou, nesta quinta-feira (7), que o Governo de Mato Grosso estuda novas alternativas de transporte público para Cuiabá há dois anos, em resposta à recente apresentação do prefeito Abilio Brunini (PL) sobre o sistema ART (Autonomous Rail Transit) — modal chinês que o gestor propõe como substituto ao BRT (Bus Rapid Transit).
De acordo com Mendes, o Estado tem conduzido as análises de maneira “silenciosa e técnica”, e só fará um anúncio quando houver conclusões fundamentadas.
“Tem dois anos que o Governo está analisando qual é a melhor alternativa. A diferença é que o Governo de Mato Grosso trabalha de forma diferente: silenciosa, técnica, para ter algo consistente e, então, apresentar à sociedade”, declarou o governador.
O chefe do Executivo estadual ressaltou que aceita sugestões e contribuições, mas reforçou que não fará anúncios prematuros.
“Qualquer palpite, qualquer sugestão, a gente ouve. Elas são bem-vindas. Mas o Governo de Mato Grosso não antecipa aquilo que ainda está sendo estudado tecnicamente”, disse.
Mendes também revelou que o Bonde Urbano Digital (BUD), modal defendido por Abilio no mês passado e recentemente implantado em Curitiba (PR), faz parte dos estudos conduzidos pelo Estado. O vice-governador Otaviano Pivetta e o secretário de Fazenda Rogério Gallo chegaram a visitar a capital paranaense para conhecer o sistema e dialogar com empresas do setor.
Questionado sobre o risco de novas intervenções urbanas, caso o modal seja alterado novamente, Mauro Mendes garantiu que qualquer decisão será compatível com a infraestrutura já em andamento.
“Não vamos cometer o mesmo erro que cometeram com o VLT. Comprou-se primeiro os móveis, depois foi construída a casa. Vamos continuar as obras e, obviamente, qualquer alternativa estará tecnicamente alinhada ao que já está sendo construído”, concluiu.
O VLT, iniciado na gestão de Silval Barbosa para a Copa de 2014, nunca foi concluído e teve seus vagões vendidos apenas em 2024, dez anos após o início das obras.
