Quem me conhece sabe, eu acredito que vinho é experiência, é vibração, é encontro.
E também sabem que eu vivo com um olho na taça e outro no céu porque sim, a Lua conversa comigo. E eu deixo ela falar. Nos meus luais no Rancho do Gaúcho às vezes com a taça rodeadas de amigos as vezes sozinha bem como o calendário lunar do enófilo descreve cada lua.
O calendário lunar dos enófilos não é só técnica.
É sensibilidade.
É misticismo leve.
É aquele tipo de conhecimento que você sente antes de entender.
E, sinceramente? Funciona. Talvez não para todo mundo, mas para mim funciona, e funciona bonito.
Dias de Fruto — meus favoritos para celebrar
Quando a Lua está nos signos de fogo, eu já sei: “Hoje a taça vai sorrir.”
A fruta aparece, o aroma explode, o vinho mostra tudo o que tem.
É o dia que eu recomendo para abrir vinhos que você quer apreciar com mais vida, mais alegria, mais conversa.
É energia boa na taça e na alma.
Dias de Flor — quando eu sempre penso em espumantes
Lua em ar: delicadeza.
E aí eu já fico animada, porque espumantes e vinhos elegantes brilham.
As borbulhas parecem mais altas, mais vivas, mais leves.
É o dia perfeito para brindar, para celebrar doçuras da vida.
Dias de Raiz — aqueles dias que pedem calma
Quem já degustou comigo sabe que eu falo:
“Hoje o vinho está mais sério.”
E está mesmo.
Nesses dias, os vinhos ficam mais fechados, os taninos mais firmes.
É ótimo para estudar, analisar, entender estrutura mas não espere fogos de artifício.
Dias de Folha — o céu pede silêncio, e o vinho acompanha
Signos de água trazem emoção, mas não muita expressão aromática.
Eu sempre digo que é o dia de respeitar o vinho, não de exigir dele.
Não é ruim é introspectivo.
E tudo bem.
As últimas luas — e o que elas nos disseram e vão nos dizer
A Lua Cheia de novembro brilhou em Touro, um signo de terra. Entrou no dia 5 de novembro, quarta feira e eu, claro, já sabia que viria um Dia de Raiz: vinhos mais sérios, aromas mais contidos para mim, é o tipo de dia que pede atenção, não pressa.
A última Lua Cheia do ano, em 19 de dezembro, virá em Gêmeos, trazendo um delicioso. Dia de Flor — leveza, alegria, brilho, e eu já marquei mentalmente: dia perfeito para espumantes, para encontros, para celebrar a vida que se despede de 2025.
E por que tudo isso importa para mim?
Porque vinho é vivo.
E quem trabalha, estuda e ama esse universo como eu sente essas sutilezas.
Não é só abrir garrafas.
É abrir momentos.
Eu gosto de olhar para a Lua antes de abrir um vinho.
É meu ritual.
Minha maneira de conectar céu e taça.
Minha forma de lembrar que tudo vibra: a terra, a videira, o vinho… e nós.
E se você, como eu, gosta de viver o vinho com intenção, sensibilidade e um toque de magia,
então experimente seguir o calendário lunar também.
Talvez você não acredite logo na primeira taça.
Mas quem sabe, com a Lua certa, o vinho sussurre para você também?
Entre tintos e brancos, sigamos brindando a beleza do que a terra cria, o céu inspira e nós transformamos em celebração.
Ate a próxima!!!

