O criminoso Joseph James DeAngelo, conhecido como “Golden State Killer”, voltou ao centro das atenções após uma revelação inusitada feita no livro “The People vs. the Golden State Killer”, escrito pelo promotor distrital de Sacramento. Segundo a obra, uma característica íntima do agressor — um “micropênis” descrito por diversas vítimas — foi determinante para conectá-lo a crimes que, até então, permaneciam sem vínculo direto de provas materiais.
DeAngelo foi preso em 2025, depois que evidências de DNA o ligaram a parte dos ataques que aterrorizaram a Califórnia por décadas. Ainda assim, faltavam elementos que o associassem de forma conclusiva ao “East Area Rapist” (EAR), autor de uma série de estupros e assassinatos ocorridos no mesmo período.
No livro, o promotor relata que várias vítimas do EAR mencionavam o mesmo detalhe físico do agressor. Para confirmar essa informação, policiais e um fotógrafo foram acionados enquanto DeAngelo permanecia sob custódia. O registro, porém, teria sido complicado. O fotógrafo tentou diversas vezes capturar a imagem, até que, segundo o relato, um dos agentes, já impaciente, afirmou: “Não há nada ali”.
A descrição no relatório interno diz que o órgão genital do suspeito era “menor que a circunferência de uma moeda de dez centavos e com comprimento equivalente à ponta de um dedo mínimo” — exatamente como as vítimas haviam relatado. A coincidência reforçou a convicção da promotoria de que DeAngelo também era o responsável pelos ataques sem vestígios de DNA.
Em 2020, Joseph James DeAngelo se declarou culpado de 26 crimes, entre estupros e assassinatos, encerrando um dos capítulos mais sombrios da história criminal dos Estados Unidos. Hoje, cumpre múltiplas penas de prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.
