O governo dos Estados Unidos anunciou um recuo parcial nas tarifas aplicadas a determinados produtos agrícolas vindos do Brasil. A medida inclui a devolução retroativa de taxas cobradas desde meados de novembro em itens como café, carne bovina, bananas, tomates e outras frutas tropicais.
Apesar da redução, a sobretaxa de 40%, específica para produtos brasileiros, permanece, o que limita fortemente os ganhos para os exportadores brasileiros. Para muitos, o alívio representado é simbólico — apenas a tarifa base de 10% foi alvo da medida, não a alíquota extra.
No Brasil, a reação é mista: o governo considera a decisão dos EUA um avanço, mas destaca que as exportações continuam penalizadas. Já representantes da indústria afirmam que outros países podem ganhar mais competitividade, já que não enfrentam taxas equivalentes.
Como resposta a esse impasse, o Brasil tem reforçado sua estratégia de diversificar destinos para seus produtos agrícolas: mercados na Ásia e no Oriente Médio são tratados como prioridades. A ideia é reduzir a dependência comercial dos EUA e buscar alternativas diante da continuidade da sobretaxa.
Do ponto de vista econômico, a medida de Trump é vista como importante, mas limitada. Especialistas destacam que a manutenção da sobretaxa torna urgente uma negociação mais profunda ou soluções estruturais para garantir condições mais favoráveis para os exportadores brasileiros no longo prazo.
