O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), afirmou que não descarta conceder um reajuste salarial aos servidores a partir de 2026, desde que haja espaço no orçamento previsto para o próximo ano. A sinalização ocorre em meio ao debate provocado pelo reajuste de 6,8% de ganho real aprovado pelo Tribunal de Justiça para seus servidores.
Max destacou que a Recomposição Geral Anual (RGA) está assegurada e segue o índice de inflação medido pelo IPCA, como ocorre tradicionalmente. No entanto, com a decisão do Judiciário, ele reconhece que outras categorias deverão intensificar a pressão por melhorias salariais. Questionado se a Assembleia poderia seguir caminho semelhante, o parlamentar reforçou que tudo dependerá da saúde financeira:
“Se tiver condição, não tem problema nenhum em ter reajuste. Em janeiro já devemos ter a composição que acontece todos os anos”, afirmou.
Para 2026, o orçamento da ALMT ultrapassa R$ 1 bilhão. Segundo Max, a Casa costuma abrir mão de parte de suas receitas para auxiliar o governo estadual em obras e investimentos, sem comprometer a estrutura interna ou o pagamento da recomposição anual aos servidores.
O presidente também afirmou que, caso um reajuste dependa de ampliação orçamentária, há margem para negociação com o Executivo — ainda que o governador Mauro Mendes (União Brasil) mantenha posição contrária a aumentos acima da inflação.
“A Assembleia teria direito a pelo menos R$ 400 milhões a mais, mas não precisamos desse dinheiro. As audiências seguem, os servidores recebem recomposição todo ano, e não falta estrutura. Se houver necessidade de melhorar, temos margem para buscar recursos”, disse.
Atualmente, o Portal da Transparência registra mais de 2,8 mil servidores comissionados ativos na ALMT. Ainda não há cálculo oficial sobre o impacto financeiro que um reajuste similar ao aprovado pelo Tribunal de Justiça causaria no orçamento do Legislativo.
