A Polícia Civil de Goiás prendeu a mãe e o padrasto de uma adolescente de 16 anos, suspeitos de manterem a jovem em cárcere privado e submetê-la a torturas por pelo menos dois anos, em uma residência no Setor Leste Vila Nova, em Goiânia. Uma terceira mulher que morava com a família também foi detida sob suspeita de envolvimento no crime.
O caso veio à tona após a vítima conseguir fugir durante a madrugada e buscar ajuda de vizinhos. Assustados com o estado da jovem, eles acionaram o pai da adolescente, que viajou imediatamente para Goiânia e chamou a polícia. A denúncia levou à prisão dos três suspeitos, que foram conduzidos para a delegacia.
De acordo com reportagem da TV Anhanguera, a adolescente era mantida em um cômodo isolado nos fundos da casa. Sem acesso a convivência social e submetida a alimentação insuficiente, ela apresentava quadro de magreza extrema. Além disso, possuía diversos ferimentos aparentes pelo corpo, compatíveis com agressões contínuas.
O pai da jovem relatou que tentava manter contato com a filha desde a mudança dela para Goiânia, mas a mãe constantemente impedia qualquer aproximação. Segundo ele, as tentativas de comunicação se tornaram cada vez mais difíceis até cessarem completamente. Somente após a fuga da adolescente ele descobriu a situação de violência e negligência à qual ela era submetida.
A Polícia Civil segue investigando o caso para determinar as circunstâncias das agressões, a rotina de confinamento e a participação de cada um dos detidos nos crimes. A vítima está recebendo acompanhamento médico e psicológico.
