Entre tintos e brancos

Panamá Além do Canal: Sabores, Taças e Descobertas

O potencial para crescer é enorme, quase gritante. E o serviço, então… ainda muito cru. taças inadequadas, temperaturas indecisas, aquele improviso que denuncia um mercado no início da jornada.

Redação 24 de novembro de 2025

Quem me conhece sabe: se a Ale.Nery não está vendendo ou dando aula de vinho, está de malas prontas explorando o mundo dos vinhos, viajar, estudar, provar, observar e voltar cheia de histórias já virou parte oficial do meu trabalho e da minha alma. A minha mais nova aventura “Panamá 🇵🇦”

Conhecer o Panamá é perceber que o país vai muito além da fotografia clássica do Canal. É viver um território vibrante, onde o comércio pulsa, as fichas dos jogos no cassino delira, o mundo passa, o espanhol canta pelas ruas e a mistura cultural é tão natural que a gente se sente parte dela já no primeiro dia.

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E é exatamente aí que vem minha surpresa profissional… com todo esse fluxo de mercadorias, o mercado de vinho ainda engatinha. As prateleiras no mercado ou comércio por aqui é praticamente dominada por rótulos chilenos e argentinos ótimos, claro, mas dá vontade de perguntar “cadê o resto do mundo?”. O potencial para crescer é enorme, quase gritante. E o serviço, então… ainda muito cru. taças inadequadas, temperaturas indecisas, aquele improviso que denuncia um mercado no início da jornada.

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Mas viajar é provar, e eu fui provar. E olha… nada mais panamenho do que começar pelo Sancocho Panameño, aquele caldo rústico com frango, legumes e muuuuito coentro tanto coentro que eu quase pedi reforço emocional kkkkk. A experiência ficou muito mais interessante quando harmonizei com um Sauvignon Blanc chileno do Vale de Casablanca. A acidez viva e o frescor herbal ajudaram a domar o coentro (graças a Deus!) e deixaram a combinação leve, refrescante e surpreendentemente equilibrada. Uma prova de que, mesmo num mercado ainda tímido, dá para encontrar boas experiências.

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Entre um prato, uma taça e muita observação, percebi o quanto o Panamá tem potencial para crescer no mundo do vinho. Falta estrutura? Falta. Falta capacitação? Também. Mas sobra espaço e oportunidades.

No mais, fomos muitíssimo bem recebidas. O panamenho é gentil, leve, aberto. O turismo funciona lindamente. Já a gastronomia… bom, teve momento em que eu realmente levantei bandeira branca diante do coentro onipresente. E os cortes de carne? Bem diferentes dos nossos aventura pura.