O amigo que estava no carro com o motorista suspeito de atropelar e arrastar Tainara Souza Santos decidiu falar pela primeira vez sobre o caso. Kauan, que ocupava o banco do passageiro, afirmou em entrevista que não sabia das intenções de Douglas Alves da Silva e só percebeu a gravidade da situação quando sentiu o veículo trepidar, na madrugada de sábado, 29.
Segundo seu relato, ao olhar para fora, viu que Tainara estava presa ao carro. Ele disse ter pedido repetidamente para Douglas parar, mas o motorista continuou dirigindo, acelerando e ignorando os alertas. Kauan contou que não conseguiu abrir a porta ou interferir porque o condutor mantinha o veículo em movimento.
De acordo com o depoimento, Tainara foi arrastada por mais de um quilômetro pela Marginal Tietê até que o carro finalmente parou em um posto de gasolina, momento em que a vítima conseguiu se desprender.
O passageiro também descreveu o que ocorreu antes da agressão. Segundo ele, os dois estavam em um bar quando Douglas se irritou ao ver Tainara conversando com outro homem. A família da vítima nega qualquer envolvimento entre ela e o suspeito.
Kauan afirmou ainda que não acreditava que Douglas realmente fosse atropelar Tainara, mas percebeu que a situação saiu do controle rapidamente. Para a polícia, o depoimento reforça a linha de investigação de feminicídio motivado por ciúmes.
Douglas foi preso no domingo. Ele afirma que não teve intenção de atropelar a jovem, mas o relato do amigo contesta essa versão e está sendo analisado pela Polícia Civil.
