A vereadora Maysa Leão (Republicanos) voltou a criticar o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), ao fazer um balanço do primeiro ano da atual gestão. Para ela, o chefe do Executivo municipal tem priorizado declarações polêmicas para gerar engajamento nas redes sociais, comportamento que considera reflexo de “despreparo emocional e falta de capacidade administrativa”.
Em discurso na Tribuna da Câmara, Maysa mencionou as recentes falas de Abílio nas quais ele afirmou que não pretende receber ou dialogar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A postura, segundo a parlamentar, tem prejudicado Cuiabá ao impedir a busca por recursos federais.
“E no outro dia alega que não tem dinheiro para pagar folha, para fazer o Natal, reformar praça ou entregar obra. Fez aquela encenação da pseudo entrega do Centro Médico Infantil, está lá”, criticou.
A vereadora também relembrou episódios anteriores em que o prefeito afirmou que a população cuiabana “não gosta de trabalhar” e “gosta de pedir atestado”, além de críticas direcionadas a médicos. Para ela, esses ataques afetam diretamente profissionais essenciais. “Eu desafio qualquer pessoa a ir ao Pronto Socorro agora. Tem barata, rato, chove mais dentro do que fora. Falta insumo, falta lençol, falta dignidade”, disse.
Maysa avaliou que o primeiro ano da administração apenas reforçou a falta de maturidade do prefeito, acrescentando que Abílio comparece à Câmara, às terças e quintas-feiras, para “rolar a timeline do Instagram”.
“É moleque. Prefeito que não senta com o Lula. A verba federal é nossa. Acorda, povo cuiabano: a verba federal vem do imposto de renda de vocês e só retorna se houver um gestor capaz de dialogar, de buscar recursos e investimentos”, declarou.
A vereadora também questionou como empresas poderiam investir na capital diante do comportamento do prefeito. “Como é que uma empresa séria vai investir em Cuiabá se tem um moleque disputando corrida no meio da rua, enquanto a cidade está ruindo, suja e abandonada? E não adianta culpar uma gestão de oito anos. Eu estava aqui, foram 23 operações policiais. O retrovisor agora é Abílio Brunini”, completou.
