Redação 
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Joesley Batista Pede Renúncia de Maduro e Entra no Tabuleiro Geopolítico
empresário Joesley Batista, dono da JBS
O empresário Joesley Batista, dono da JBS maior produtora de carne do mundo voltou ao noticiário internacional após protagonizar um episódio inesperado no tabuleiro político latino-americano. Na última semana, o bilionário embarcou para Caracas com uma missão incomum: solicitar pessoalmente ao presidente Nicolás Maduro que renuncie ao comando do país. A visita ocorreu poucos dias depois de Donald Trump afirmar publicamente que poderia apoiar uma ofensiva caso o líder venezuelano não deixasse o poder.
De acordo com a agência Bloomberg, embora Joesley não tenha sido enviado oficialmente pelo governo norte-americano, autoridades dos Estados Unidos tinham conhecimento da viagem.
A iniciativa chamou atenção pela singular posição que o empresário ocupa: ele mantém canais de diálogo tanto com Caracas quanto com Washington, algo raro em meio às tensões geopolíticas da região.
A JBS possui operações na Venezuela desde 2015, incluindo um acordo de US$ 2 bilhões para fornecimento de carne e frango. Já nos Estados Unidos, a companhia controla uma produtora de frango que doou US$ 5 milhões ao comitê de campanha de Trump em 2024. Este ano, Joesley esteve reunido com o presidente norte-americano para tratar de comércio, mercado de proteína animal e, segundo fontes, para auxiliar interlocuções envolvendo o governo Lula.
Nos bastidores, especialistas avaliam que Batista atua no campo das articulações informais, aquelas que não passam pelo crivo institucional e não aparecem em documentos oficiais. A circulação entre diferentes centros de poder transformou o empresário em um mediador improvável em momentos de tensão política.
Apesar disso, permanece uma questão ainda sem resposta: qual teria sido a motivação concreta para que o empresário brasileiro voasse “por conta própria” até Caracas? A viagem, vista como arriscada e politicamente sensível, sugere que Joesley pode ter atuado a pedido de algum interlocutor de peso — seja em Washington, Brasília ou ambos. O que ainda não se sabe é de quem, exatamente, partiu o pedido.
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