
A fumaça preta que saiu da chaminé da Capela Sistina no final da tarde desta quarta-feira (7) confirmou: o primeiro dia do conclave terminou sem consenso entre os cardeais para a escolha do novo papa. Mais de 45 mil fiéis que acompanhavam atentos na Praça de São Pedro receberam o sinal com expectativa e resignação.
Nenhum dos 133 cardeais reunidos no Vaticano alcançou os dois terços dos votos necessários para ser eleito pontífice. Com isso, o processo segue na manhã desta quinta-feira (8), com a retomada das votações. Enquanto isso, os cardeais permanecerão isolados na Casa Santa Marta, como determina o ritual do conclave.
Essa primeira votação tende a ser a mais longa do processo. Antes do início da escolha, é realizada uma meditação conduzida por um dos cardeais, que propõe reflexões sobre os desafios da Igreja e as qualidades esperadas do novo papa — um momento que, para muitos, funciona como um discurso de alinhamento espiritual e político.
Além disso, os cardeais elegeram nove representantes com funções específicas: três Escrutinadores, que recolhem os votos; três Infirmarii, responsáveis por levar cédulas aos cardeais enfermos; e três Revisores, encarregados de conferir a contagem. Caso o número de cédulas não corresponda ao total de eleitores, a votação é anulada e refeita.
O conclave de 2025 já se destaca por reunir um número recorde de votantes, o que naturalmente torna as articulações mais complexas e o processo mais demorado. Especialistas acreditam que as primeiras rodadas de votação são usadas para testar preferências e medir o apoio a determinados nomes.
Agora, todas as atenções se voltam para as sessões seguintes, na expectativa de que a tradicional fumaça branca, símbolo da escolha do novo líder da Igreja Católica, possa surgir ainda esta seman