
O vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Coronel Assis (União Brasil–MT), acusou o Governo Lula de praticar “negacionismo criminal” ao não reconhecer organizações criminosas como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) como grupos terroristas. A crítica foi feita nesta quarta-feira (7), em discurso no plenário da Câmara Federal.
A declaração do parlamentar se refere a uma reunião entre técnicos do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), liderado por Ricardo Lewandowski, e representantes do governo norte-americano, que teriam rejeitado a classificação das facções como terroristas. O pedido foi feito pela comitiva do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, em visita oficial ao Brasil.
“São cerca de 88 facções atuando em todo o território nacional, promovendo controle de territórios, financiando guerras contra civis e o Estado, como no Rio de Janeiro, onde o confronto se dá na ponta do fuzil. Negar que essas organizações são terroristas é um grande absurdo e um exemplo claro de negacionismo criminal”, afirmou Coronel Assis. Ele ainda citou um provérbio contundente: “Quem poupa o lobo, sacrifica o cordeiro”.
Apesar da resistência do governo federal, a comitiva norte-americana recebeu um dossiê produzido pelas Secretarias de Segurança Pública do Rio de Janeiro e de São Paulo. O documento detalha ações das facções e aponta semelhanças entre suas estratégias e práticas terroristas.