
A coligação de centro-direita formada pelo PSD (Partido Social Democrata) e CDS-PP (Centro Democrático Social – Partido Popular), conhecida como Aliança Democrática (AD), lidera a apuração das eleições legislativas realizadas neste domingo (18) em Portugal.
De acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), até as 16h45 (horário de Brasília), com 72,34% das urnas apuradas, a AD, encabeçada pelo atual primeiro-ministro Luís Montenegro, já garantiu 13 cadeiras na Assembleia da República, com 36,65% dos votos.

Na disputa pela oposição, o Chega, partido de direita liderado por André Ventura, aparece tecnicamente empatado com o tradicional Partido Socialista (PS), de Pedro Nuno Santos — ambos com quatro parlamentares eleitos até o momento. No entanto, o Chega registra 23,47% dos votos válidos, à frente do PS, que tem 22,87%, o que projeta Ventura como potencial principal voz da oposição no novo Parlamento.
Eleição marcada por instabilidade política
Este é o terceiro pleito nacional em Portugal em pouco mais de três anos, reflexo da instabilidade que tomou conta do governo nos últimos meses. A convocação de novas eleições veio após a queda do governo minoritário de Montenegro, envolvido em uma crise iniciada em fevereiro, após denúncias envolvendo a empresa familiar Spinumviva.
Chega se fortalece como força política
A ascensão do Chega acende um alerta sobre a reconfiguração do espectro político português. “Com esse desempenho, André Ventura ganha fôlego para assumir a liderança da oposição”, avaliam analistas políticos. Enquanto isso, Luís Montenegro tenta consolidar seu mandato e restaurar a estabilidade governamental.