A Polícia Civil de Mato Grosso concluiu o inquérito que apurou o furto qualificado de um caixa eletrônico instalado na Prefeitura de Sorriso e indiciou 13 integrantes de uma quadrilha do Estado de São Paulo. O crime ocorreu em agosto do ano passado, quando o terminal do Banco Bradesco foi arrombado e teve R$ 300 mil subtraídos.
De acordo com a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), com apoio da Delegacia de Sorriso, seis suspeitos foram indiciados por furto qualificado, lavagem de dinheiro e organização criminosa, e outros sete por lavagem de dinheiro e receptação dos valores furtados. As investigações revelaram todo o planejamento da ação, desde o aluguel de um veículo em Mauá (SP) até a execução do crime em Mato Grosso.
O inquérito, concluído na sexta-feira (23), também apontou como o grupo criminoso agiu de forma disfarçada, vestindo uniformes de técnicos de manutenção para acessar o prédio da prefeitura e violar o terminal bancário. Como o equipamento apresentava falhas frequentes, a presença de supostos funcionários de manutenção não levantou suspeitas.
Após o furto, o dinheiro foi colocado em envelopes e rapidamente distribuído em depósitos bancários feitos em várias contas, como forma de dificultar o rastreamento dos valores.
Operação Chave Mestra
No último dia 14 de maio, a Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou a Operação Chave Mestra para desarticular a quadrilha, cumprindo 38 mandados judiciais em Mauá, Araraquara e na capital paulista. Além das prisões e buscas, também houve bloqueio de contas bancárias dos envolvidos.
Os interrogatórios finais para concluir o inquérito contaram com a participação do delegado Ronaldo Sayeg, chefe do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil de São Paulo, que esteve em Cuiabá acompanhando os trabalhos.
Programa Tolerância Zero ao Crime
A Polícia Civil de Mato Grosso reforçou, por meio do Programa Tolerância Zero ao Crime, seu compromisso no enfrentamento ao crime organizado, com ações de inteligência e integração entre as forças de segurança estaduais.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, que agora devem analisar as denúncias e dar seguimento ao processo criminal contra os envolvidos.
