
Auditoria identificou duplicidade no custo de concreto usinado em estruturas como viadutos e pontes; contrato de R$ 253,7 milhões integra o Arco Metropolitano de Maceió
Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) identificou um sobrepreço de R$ 5,8 milhões em obras conduzidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) na BR-424, em Alagoas. O valor indevido refere-se a custos duplicados com concreto usinado aplicado em estruturas como viadutos e túneis.
O contrato analisado, orçado em R$ 253,7 milhões, faz parte do projeto de implantação do Arco Metropolitano de Maceió e inclui serviços de duplicação, pavimentação e melhorias na segurança viária.
Segundo o relatório da CGU, o custo do concreto foi lançado duas vezes na planilha de execução: uma na etapa de lançamento mecânico com bomba lança e outra como concreto específico para bombeamento em obras de arte especiais.
“O custo do concreto usado em viadutos e pontes foi considerado em dois itens distintos, gerando um acréscimo indevido de R$ 5,8 milhões ao contrato”, detalha o parecer técnico da Controladoria.
Trecho inspecionado passa por cinco cidades
A fiscalização abrangeu um trecho de 16,2 km, que corta cinco municípios da Grande Maceió: Marechal Deodoro, Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco, Pilar e Maceió. A obra prevê a implantação de nova pista e a restauração da rodovia existente.
A ordem de serviço foi assinada em outubro de 2024 pelo então ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB) — ex-governador de Alagoas e aliado do atual governo federal.