
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) comentou publicamente nesta sexta-feira (31) a prisão de seu primo, Glaycon Raniere de Oliveira, de 28 anos, detido com 30 kg de maconha no porta-malas de um carro, em Uberlândia (MG), no último dia 23. Em publicação nas redes sociais, o parlamentar afirmou que não tem relação com o caso e acusou a imprensa de tentar vincular seu nome por motivações políticas.
“Pra mim não é uma situação que merece que eu perca meu tempo, até porque não é algo que me envolve”, escreveu o deputado, que classificou a repercussão como “mais uma tentativa frustrada de desgastarem minha imagem”.
Glaycon foi preso durante uma ação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO-MG), operação que une as polícias Federal, Civil, Militar e Penal para desarticular rotas do tráfico no Triângulo Mineiro. Ao ser detido, o primo do deputado alegou trabalhar como motorista de aplicativo e disse que apenas transportava a carga a pedido de outra pessoa, cuja identidade não foi revelada.
Segundo a Polícia Federal, o passageiro que estava com ele no veículo — um Toyota Etios — foi liberado no momento da abordagem. Ambos teriam informado que pegaram a droga em uma padaria e a levariam para Nova Serrana (MG).
Em sua publicação, Nikolas afirmou que não passará pano para crimes, mesmo envolvendo familiares. “Qualquer pessoa que cometa crime tem que pagar por isso”, disse. Ele também ironizou o fato de a notícia ter sido divulgada no dia de seu aniversário: “Agradeço por este presente de aniversário”.
Por fim, o parlamentar alfinetou críticos e mencionou seletividade na cobertura do caso:
“É curioso que pessoas de uma ideologia que defende a descriminalização das drogas de repente estejam preocupadas com isso. Quem é preso com droga merece cadeia, assim como os rachadores e outros corruptos que inclusive estão soltos por aí. Valeu a tentativa, mas tentem na próxima”.