
Na quinta feira estive em um evento do SENAI “TECLOG 2025” Evento Educacional da Logística, um convite da professora Vânia Lourenço e gostei muito do tema e resolvi compartilhar com vocês então a pauta de hoje.
Quando a gente abre uma garrafa de vinho, normalmente pensa na uva, na safra, na vinícola, nos aromas, sabores, harmonização. Mas raramente lembramos do caminho que aquela garrafa percorreu até chegar à nossa taça.
E que caminho!
O vinho é um passageiro sensível. Ele não gosta de calor, detesta vibração e sofre com luz e umidade. Pode parecer exagero, mas um transporte descuidado é capaz de arruinar meses, às vezes anos de trabalho do produtor e do Enologo, é como preparar um prato perfeito e, na hora de servir, deixá-lo cair no chão droga né!!!
É por isso que a logística no mundo do vinho é tão estratégica quanto a própria vinificação.
Imagine, por exemplo, um vinho que sai de uma vinícola na Serra Gaúcha, segue por estrada até São Paulo, e depois vai parar num restaurante no Nordeste, ou ainda mais longe, um rótulo francês que cruza o oceano num contêiner, ou um chileno que viaja as cordilheiras dos Andes, passa pelo deserto do Atacama, atravessa uma parte do Brasil pra chegar em São Paulo, depois pegar outro transporte e vir parar aqui em Cuiabá quantas mudanças de clima mesmo??? Tudo precisa estar sob controle: temperatura ideal, embalagem reforçada, prazos respeitados. Aí que entra a turma da logística pra organizar e controlar tudo isso com a responsabilidade de entregar vida em forma de uma bebida líquida chamada vinho.
E tem inovação no caminho: sensores térmicos que avisam se o vinho sofreu variações de temperatura, embalagens mais leves para reduzir impacto ambiental, e até vending machines de vinho refrigerado surgindo em algumas regiões da França e já vi notícias aqui no brasil também.

Isso sem falar na revolução do e-commerce. Com cada vez mais vinhos sendo comprados online, tipo a Wine, que nas minhas pesquisar vi o quanto estão preparados e preocupados para esse negócio ou seja, o trajeto da adega até a casa do consumidor ganhou protagonismo. Agora, o desafio é manter a qualidade até o último minuto.
No fim das contas, a logística do vinho é uma arte silenciosa. Ela não aparece no rótulo, não tem aroma nem tanino, mas é essencial para que o vinho chegue até você como deve ser: vivo, elegante e inesquecível. Então pra turma da logística minha Gratidão por dar qualidade na minha taça é você leitor da próxima vez que brindar, lembre-se: o vinho que você tem em mãos já foi um verdadeiro viajante. E graças a uma logística bem feita, chegou são, salvo e delicioso.
Até a próxima!

